Trekking en Fogo
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Percurso da rota
A rota foi projetada para passar no mínimo quatro dias no Fogo. No primeiro dia, propõe-se uma visita a São Filipe e os demais são o próprio trekking, dividido em cinco seções. Duas opções são propostas, a partir de Saoa Filipe ou a partir de Miguel Gonçalves. A quinta seção é a subida ao Pico de Fogo e para realizá-lo é necessário contratar os serviços de um guia.
01
Passeio a pé pelo centro histórico de São Filipe
A visão do centro histórico começa na sede da Câmara de São Filipe, sobra que o Projeto SOSTURMAC forneceu um sistema solar fotovoltaico e medidas de eficiência energética, para contribuir para a melhoria sustentável desse ambiente histórico.
Continuaremos a visita ao centro histórico, que é muito limitado e possui sinais de patrimônio, o que nos permitirá descobrir seus elementos mais importantes, como:
- Os sobrados (existem mais de meia centena dessas casas antigas).
- A mãe Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
- O Museu Municipal.
- A Casa da Memória.
- O Plaza 4 de setembro.
- Reina Carlota Fort / San Pedro Lighthouse.
Podemos terminar a visita no Hotel Colonial (um bom exemplo de abundância, transformado em acomodação turística, que aplica medidas sustentáveis de gerenciamento de energia), tomando uma bebida em seu agradável terraço. Outra alternativa é, se quisermos nadar, desça até a Praia de Ntra. Sra. De la Encarnaçao.
02
São Filipe o Miguel Gonçalves – Ponto Alto do Sul
Quer sejamos iniciantes na seção 1 ou 2, devemos fazê-lo o mais rápido possível para aproveitar as horas mais frias do dia.
Tramo 1. Sao Filipe – Miguel Gonçalves
Partindo de São Filipe, o trekking começa de frente para as rampas de asfalto da capital. Fizemos os primeiros quilômetros, cercados por plantações de acácias americanas (acacia prosopis), na estrada principal para Brandão. Há uma encruzilhada lá e vamos pegar a trilha que vai para a esquerda e que sobe por esse meio arado. Avançamos entre ravinas, vales e colinas, encontrando boas representações da arquitetura rural tradicional, cercada por milho, videira e outras culturas, além de onipresentes acácias. E assim chegaremos às vinhas de Maria Chaves, subiremos a trilha que as atravessa e chegaremos à Vinícola Monte Barro.
Depois que a vinícola é visitada, seguimos o caminho novamente, subindo até o topo das vinhas (900 m de altitude). Veremos um dos tanques de água da fazenda. A partir daí, existem vários caminhos (alguns pouco claros) que vão até a fazenda Miguel Gonçalves, já na estrada principal que atravessa transversalmente essa área.
Considerando que já acumulamos cerca de quatro horas de percurso, uma opção interessante é visitar a Fábrica de Queijos Cutelo Capado (Monte Grande). Está localizado a meia hora de Miguel Gonçalves, na cidade de Monte Grande. Quando chegamos às primeiras casas, pegamos uma trilha de terra que sobe à esquerda. A fábrica de queijo está muito perto. Esta visita envolve um investimento mínimo de duas horas de percurso extra.
Tramo 2. Miguel Gonçalves – Ponto Alto do Sul
De Miguel Gonçalves, a 1.000 metros acima do nível do mar, inicia o caminho que nos levará ao ponto mais alto da Serra-Bordeira, Ponto Alto do Sul, a 2.430 metros acima do nível do mar.
A primeira seção é suave e é dominada pela visão do Monte Duarte, que contornamos à esquerda, avançando por um terreno atravessado por vales e com vegetação suficiente. Passaremos pelas casas de Bambaiam e pelo posto de vigia de incêndio, onde o caminho gradualmente vira para a esquerda, entrando nas cabeceiras do Barranco de Losna. Agora começa a parte mais difícil e difícil da caminhada; terreno de extrema dificuldade onde as estradas aparecem e desaparecem como que por mágica. Encostas íngremes, enormes cordilheiras e paredes rochosas, corredores de picón (lapilli) e escórias vulcânicas onde é fácil escorregar e até afundar. O avanço é muito complicado (às vezes requer escalada). A antena de telecomunicações do Ponto Alto do Sul localizada será o único ponto de referência seguro (embora em algumas seções sua visão esteja totalmente perdida).
No nível de 1.950 masl, entramos no Parque Natural do Fogo. Toda vez que olharmos para trás, teremos vistas panorâmicas impressionantes do lado sudoeste da ilha.
Já na área de cume, o terreno ganha em consistência e horizontalidade. Por fim, chegamos ao Ponto Alto do Sul, o ponto mais alto da Serra-Bordeira. De lá, teremos diante de nós uma caldeira (Cha das Caldeiras) e um vulcão (Pico do Fogo) que compõem uma paisagem de outro mundo, um terreno verdadeiramente lunar que tira o fôlego.
É hora de procurar um lugar para passar a noite e a melhor opção é acampar nas cavernas da região (aviso prévio e autorização oficial da administração do Parque Natural).
Esta seção pode ser realizada em cerca de seis horas (sem contar a visita opcional de duas horas à Fábrica de Queijos Cutelo Capado). Portanto, se partimos de São Filipe, neste primeiro dia, teremos feito cerca de nove horas de caminhada.
03
Punto Alto do Sul – Chã das Caldeiras
No segundo dia, caminharemos do Punto Alto do Sul, na Bordeira, até a cidade da Portela, em Cha das Caldeiras. Seguiremos a rota sul, que nos levará a Corral d’Asno (entrada principal do Parque Natural do Fogo), pois é mais curta e segura. A caminhada é dividida em duas seções distintas.
Tramo 3. Punto Alto do Sul- Corral d’Asno
Seguiremos o caminho da Bordeira em direção leste e atravessaremos as gigantescas muralhas que compõem essa muralha rochosa. Sempre apreciando as vistas panorâmicas de Chã das Caldeiras, descemos lentamente à medida que o anfiteatro perde altura. No pico de Ourela, em Ponto Alto (2300 metros), faremos uma parada para descansar e apreciar as últimas vistas da caldeira a partir de La Bordeira, que a partir deste ponto se abre completamente em sua parte oriental.
Continuamos a descida e também começamos a apreciar as vistas para o lado sudeste da ilha, dominado pelos campos de lapilli, cones e fluxos vulcânicos e por algumas cidades. É nessa área que também encontramos comunidades de língua de vaca (Echium vulcanorum), um símbolo de endemismo vegetal do parque.
Quando atingirmos a altura de 1820 metros acima do nível do mar, encontraremos uma bifurcação à esquerda que, fazendo uma curva de quase 180 graus, nos faz descer suavemente no lado direito de Monte Cruz (se continuarmos em linha reta, deixaremos o parque e pararemos no localidade de Cabeça Fundão). Em breve chegaremos à estrada de acesso ao interior da caldeira. Depois, temos a opção de tomar a direita e avançar por meio quilômetro, até chegarmos à curva Corral d’Asno, a entrada principal do Parque Natural do Fogo, um ponto de foto obrigatório ao lado da placa do parque e do Pico do Fogo ao fundo.
Até aqui, fizemos cerca de 6 km, descemos cerca de 700 metros, investindo cerca de 3 horas de caminhada.
Tramo 4. Corral d’Asno-Portela (por Pico Pequeno)
Após as fotos e o restante no ponto de entrada do Parque Natural do Fogo, refazemos nossos passos na estrada que leva ao Cha das Caldeiras. Em meia hora, encontraremos o corte da estrada antiga (agora enterrada pela erupção 2014-2015) e o desvio para a nova estrada que leva à cidade de Portela. É o “cruze da Cova Tina“, um excelente ponto de interesse cênico. Continuamos em frente, ao longo da estrada antiga, e em cinco minutos encontraremos o fluxo de lava petrificada que o atravessa e nos impede de continuar nela. É então que, no lado direito, tomamos o caminho para o Pico Pequeno (2.067 m), que sobe pela base do grande vulcão, circundando os fluxos das erupções de 1995 e 2014-2015. O caminho nos leva ao topo das duas grandes fendas onde a lava fluía na última. A partir daí, começa a descida para Portela, cruzando as plantações de vinha em campos de cinzas vulcânicas na última seção.
Uma vez lá, procuraremos o alojamento reservado para a noite, organizaremos com nosso guia e confirmaremos os meios de transporte para retornar a São Filipe no dia seguinte. Não poderemos ir para a cama sem antes apreciar o maravilhoso céu noturno do Parque Natural do Fogo.
04
Pico do Fogo
Para subir ao Pico de Fogo, é necessário contratar os serviços de um guia local especializado. Devemos começar a marcha com a primeira luz do dia.
Tramo 5. Portela- Pico do fogo
O principal objetivo deste dia é subir o Pico do Fogo (2.840 m), observar o interior da cratera e apreciar as vistas que, como será entendido, são mais do que espetaculares. Vamos fazê-lo na face norte e, para isso, precisamos superar uma queda de mais de 1.000 metros (subida e descida) com declives superiores a 80%. Um grande desafio depois de dois dias de caminhada.
A subida começa com uma caminhada de 30 minutos da Portela até os pés do vulcão. Avançaremos ao longo de uma trilha que, entre riachos, campos de cinzas e plantações de videiras, corre muito perto de Monte Preto (1841). Em breve, encontraremos, à direita, o caminho até o ponto mais alto de Cabo Verde.
Uma veia rochosa longa e estreita é o único caminho firme que permite a subida na face norte. À medida que ganhamos altitude e nos aproximamos do cume, o frio se intensifica, forçando-nos a usar roupas quentes (a temperatura pode descer a zero graus Celsius). Ao chegar ao cume, todo o esforço é compensado pelas vistas magníficas de todo o complexo vulcânico.
Uma vez no topo, depois de apreciar a vista da cratera (500 metros de diâmetro e 180 metros de profundidade) e sentir suas fumarolas, a descida também é feita na face norte, mas desta vez em uma encosta íngreme de cinzas e escória vulcânica. Com as devidas precauções técnicas, é uma descida rápida e divertida, pois em muitas partes podemos descer a ladeira.
Ao chegarmos à base do vulcão, pegamos a trilha de volta à Portela. Uma vez lá, visitaremos a Sede do Parque Natural do Fogo e os outros pontos de interesse nesta cidade enterrados por lava.
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Centro histórico São Filipe
Apenas a 20 minutos do aeroporto e a 10 do porto, a capital do Fogo, São Filipe, seduz os visitantes com seu charme colonial e ambiente descontraído. São Filipe é considerada a segunda cidade mais antiga do arquipélago. Foi fundada no século XV por comerciantes e proprietários de terras portugueses. Com o tempo, uma elite local rica foi criada e a importância política, econômica e administrativa do local aumentou, que foi elevada ao status de cidade em 1922 e atualmente é a terceira maior capital de Cabo Verde.
Toda essa relevância se reflete em seu centro histórico, cuja configuração atual remonta ao século XIX e, principalmente, na existência de muitos edifícios do tipo “sobra” (o Fogo é conhecido como a “ilha das sobras”). As sobras são as casas antigas das famílias da elite local. Imitando as casas rurais portuguesas, geralmente com dois andares, em forma de C ou L, possuem varanda e amplas varandas nas laterais. As paredes são feitas de pedra e madeira, com muitas divisões. Os telhados de duas águas estão cobertos de lama ou telhas de madeira.
Atualmente, o centro histórico de São Filipe, apesar de algumas mudanças causadas pela modernidade, preservou grande parte de seu patrimônio arquitetônico; a maioria das casas existentes datam do século XIX e muitas sobras foram reabilitadas nas últimas décadas. Por todas estas razões, S. Filipe foi declarado “Património Nacional” em 2012 pelo Governo de Cabo Verde:
Sinteticamente, os elementos mais importantes do patrimônio arquitetônico que o visitante pode encontrar no centro histórico de S. Filipe são:
- Os sobrados:(existe mais de meia centena de estas antigas casas).
- A Igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição.
- O Museu Municipal.
- A Casa da Memória.
- A Praza 4 de Setembro.
- O Fortim Rainha Carlota / Farol de São Pedro.
Recentemente, através dos projetos FATA e Rotas do Fogo, a ONG italiana COSPE realizou várias ações que ajudam os visitantes a descobrir todos esses elementos do patrimônio. Um mapa do centro histórico foi editado para ajudar a movê-lo e encontrar esses pontos de interesse para o visitante. Este mapa pode ser encontrado na sede da COSPE, na Câmara Municipal e nos escritórios das agências de viagens. Além disso, sinais informativos e painéis interpretativos foram colocados nos recursos patrimoniais mais importantes.
Também vale destacar o El Espaço 24, um centro cultural e de lazer onde você pode saborear pratos típicos, além de desfrutar de representações artísticas e culturais em um ambiente acolhedor e familiar. O projeto está associado ao Centro Sete Soles Sete Luas, com o objetivo comum de promover a cultura na ilha do Fogo, bem como o intercâmbio cultural e a promoção de produtos locais.
Por outro lado, deve-se mencionar o Hotel Colonial, que além de ser um dos melhores hotéis da cidade, é um ponto de interesse turístico por várias outras razões. Primeiro de tudo, seu agradável e fresco terraço, onde você pode desfrutar de uma boa refeição ou, simplesmente, de uma bebida. Em segundo lugar, o edifício é uma amostra de boas práticas de intervenção arquitetônica em um elemento do patrimônio (neste caso, sobras). E, finalmente, o hotel possui um sistema de energia solar fotovoltaica que cobre grande parte de seu consumo de energia.
Por fim, uma menção especial deve ser feita à sede da Câmara Municipal, construída em 1922 e incluída no Catálogo Nacional do Patrimônio Cabo Verde, que agrega valor aos elementos acima, por meio das intervenções nele realizadas pelo Projeto SOSTURMAC. .
Um sistema de energia solar fotovoltaica foi instalado no telhado deste edifício emblemático, que cobre grande parte das necessidades de seu consumo de eletricidade. Os dados de produção de energia desse sistema são monitorados e projetados em uma tela de informações públicas localizada na sala de espera da Câmara, a fim de divulgar o desempenho econômico e energético desse tipo de instalação.
Por outro lado, de acordo com critérios de eficiência energética e conservação do patrimônio, as carpintarias (portas e janelas) das fachadas do primeiro andar do prédio principal foram substituídas por outras mais eficientes – respeitando a tipologia e a estética dos originais -.
Essas intervenções, juntamente com seu valor patrimonial, fazem deste edifício um recurso / produto interessante do ponto de vista do turismo sustentável. Agora, os turistas podem visitar as sobras e admirar sua beleza arquitetônica, sabendo que é um edifício que incorpora medidas de gerenciamento de energia sustentável. Além disso, você pode visitá-lo como um ponto de partida inicial da rota sustentável projetada pelo Projeto SOSTURMAC na ilha do Fogo.
Céu noturno
O Parque Natural do Fogo é ideal para apreciar a observação do céu noturno. A vista deslumbrante de um céu repleto de estrelas e a beleza noturna da paisagem vulcânica criam um cenário mágico. Binóculos simples e um mapa celeste podem facilmente identificar coisas incríveis, como anéis de Saturno, crateras na Lua ou galáxias e nebulosas infinitas. … e você tem a sensação de que eles não param de se multiplicar.
Câmara Municipal São Filipe
Criada em 1922 e incluída no Catálogo do Patrimônio Nacional de Cabo Verde, que agrega valor aos elementos acima, através das intervenções realizadas pelo Projeto SOSTURMAC.
Um sistema de energia solar fotovoltaica foi instalado no telhado deste edifício emblemático, que cobre grande parte das necessidades de seu consumo de eletricidade. Os dados de produção de energia desse sistema são monitorados e projetados em uma tela de informações públicas localizada na sala de espera da Câmara, a fim de divulgar o desempenho econômico e energético desse tipo de instalação.
Por outro lado, de acordo com critérios de eficiência energética e conservação do patrimônio, as carpintarias (portas e janelas) das fachadas do primeiro andar do prédio principal foram substituídas por outras mais eficientes – respeitando a tipologia e a estética dos originais -.
Essas intervenções, juntamente com seu valor patrimonial, fazem deste edifício um recurso / produto interessante do ponto de vista do turismo sustentável. Agora, os turistas podem visitar as sobras e admirar sua beleza arquitetônica, sabendo que é um edifício que incorpora medidas de gerenciamento de energia sustentável. Além disso, você pode visitá-lo como um ponto de partida inicial da rota sustentável projetada pelo Projeto SOSTURMAC na ilha do Fogo.
Praia Nossa Sra. da Encarnação
No sopé do penhasco sobre o qual se encontra S. Felipi, está uma enorme praia de areia preta. É uma das 7 Maravilhas do Fogo; um lugar cheio de histórias, lendas e crenças; uma das referências culturais da cidade e da própria ilha.
A praia é acessada por várias escadas e uma rampa para veículos. A parte sul é recomendada, porque é muito mais limpa que a logo abaixo da cidade. Também é recomendável tomar precauções extremas com o mar; É bastante difícil nesta área da ilha e a praia carece de salva-vidas e alertas.
Vinícola Monte Barro e Vinhedos María Chaves
Localizada na área de María Chaves, a 7 km de São Filipe, é uma das três maiores vinícolas da ilha. Possui equipamentos de nova geração para produzir vinhos e outros licores derivados de uvas.
É cercado por 23 hectares de vinhedos distribuídos entre 500 e 900 metros acima do nível do mar, com uvas de diversas variedades e uma vista espetacular da ilha de Brava.
Para solucionar os problemas relacionados ao alto custo e instabilidade da eletricidade, em 2015 foi instalado um sistema de energia solar fotovoltaica de 100 Kw, com uma instalação de autoconsumo interligada à rede elétrica.
A vinícola colabora com ONGs em projetos de formação profissional e tenta gerar sinergias com o setor de turismo.
Fábrica de Queijos Cutelo Capado
A fábrica de queijos, pertencente à cooperativa pecuária COOPAP, está localizada na fazenda Cutelo Capado e se dedica à produção de queijo de leite de cabra (fresco e curado) e queijo cottage.
A fábrica de queijos possui uma instalação solar isolada que lhe confere total autonomia energética. Consiste em 40 módulos fotovoltaicos de 130 W.
Bordeira
- Localmente, o enorme anfiteatro montanhoso que circunda toda a parte ocidental da grande caldeira de Chã de Calderas é chamado de “Bordeira” e que, em alguns pontos, ultrapassa os mil metros de altitude da base. O imenso penhasco rochoso, que mostra ao visitante o perfil e o registro geológico da ilha, pode ser visto de qualquer ponto da caldeira, principalmente do Pico do Fogo.
- O interesse em chegar e percorrer os topos da Bordeira pode ser esportivo (montanhismo, escalada, caminhada), contemplativo ou naturalista. De qualquer forma, as vistas de cima para o interior da caldeira e para o exterior do Parque Natural (a encosta sul da ilha) são espetaculares. Todo o topo da Bordeira é um imenso ponto de vista natural. No entanto, os pontos de interesse paisagísticos mais conhecidos são Ponto Alto do Sul (2.400 m.), Ourela do Ponto Alto do Sul, Atalaia (2.692 m.), Ponto Alto do Norte e Monte Gomes.
- Por outro lado, nesta área é possível observar várias plantas endêmicas como Totolho (Euphorbia tuckeyana) e Língua de vaca (Echium vulcanorum), além de aves endêmicas como Gon-gon (Pterodroma feae) e Andorinhão (Apus alexandri).
- Externamente, a cadeia montanhosa conhecida como Serra é formada. La Bordeira-Serra é uma das 7 Maravilhas do Fogo e sua visita só pode ser feita por trekking ou escalada (via ferrata). Nos dois casos, é necessária a contratação de serviços de guia local experientes.
Por fim, dizer que na Serra foram definidas duas localizações possíveis para a acomodação modular de zero CO2; um nos arredores de Ponto Alto do Sul e outro nos arredores de Monte Duarte
Parque Natural do Fogo
O Parque Natural do Fogo, com uma área de 8.468,5 hectares, é a maior área protegida em Cabo Verde e um pólo de atração turística na ilha. O parque constitui um espaço singular e diferenciado dentro da ilha. Suas características básicas são dadas pelos elementos que compõem a paisagem: a grande caldeira (Chã das Caldeiras), com cones vulcânicos, fluxos de lava, ermo, campos de lapis e cinzas, plantações de vinhas e edifícios (casas, juncos, vinícolas, pousadas) etc.). Tudo isso delimitado ao sul pela grande muralha montanhosa de Bordeira e, ao norte, pelo vulcão Pico do Fogo e pelo perímetro florestal de Monte Velha. Apesar de alguns desses elementos não serem exclusivos do Parque, aqui eles são combinados de forma a configurar uma realidade paisagística única. Por este motivo, o Parque Natural é uma das principais atrações turísticas, não só no Fogo, mas também em todo Cabo Verde.
Além disso, sendo um complexo vulcânico ativo, toda a paisagem da ilha está em contínua transformação, o que é atestado pelas numerosas erupções históricas registradas desde a descoberta e colonização da ilha. Desde o século XV, ocorreram 28 erupções. O último foi em 2014-2015, no interior de Chã das Caldeiras (Pico Pequeno); as lavas se espalham pelo interior da cratera, sobrepondo fundições antigas e enterrando populações (Bangaeira e Portela), prédios, vinhedos e outras culturas.
Mais especificamente, dentro deste conjunto, os seguintes recursos turísticos são distinguidos:
- A grande cratera-caldeira vulcânica (Chã das Caldeiras) ladeada pelas paredes íngremes da Bordeira, que criam um gigantesco anfiteatro natural.
- O vulcão Pico do Fogo, como elemento central do complexo paisagístico mencionado.
- As populações de Chã das Calderas.
- A sede do parque natural.
- Culturas em terreno vulcânico.
- Os pontos cênicos de interesse (pontos de vista) de onde os elementos acima são mais bem observados.
- Biodiversidade: Contém uma grande variedade de plantas (120 espécies), aves (13 espécies), mamíferos (3 espécies), répteis (6 espécies) e invertebrados (78 espécies). Com os seus 41 endemismos botânicos (dos quais 6 são endemismos locais) e 5 espécies / subespécies de aves endêmicas, o Parque (e, por extensão, a ilha do Fogo) é o principal hotspot de biodiversidade de Cabo Verde (Leyens, mil novecentos e noventa e seis).
- A tranquilidade, especialmente à noite.
- O céu noturno.
- Os solos férteis, o clima húmido e a abundante água existente na Chã de las Calderas, permitem o cultivo de produtos agrícolas que não existem nas outras ilhas de Cabo Verde, como é o caso das vinhas e de algumas árvores de fruto. Além disso, as técnicas de cultivo em terreno vulcânico são elas próprias muito atraentes.
- Junto com o exposto, é claro, vinícolas e vinhos.
- E, finalmente, todo um conjunto de recursos culturais intangíveis únicos nessa área: festivais, tradições, música, gastronomia, etc.
Portela e Bangaeira
Os primeiros assentamentos de Chã das Caldeiras datam de 1860 e formaram pequenos núcleos tradicionalmente dedicados à exploração do potencial agrícola da área. Erupções vulcânicas recorrentes mantêm essas populações em um processo contínuo de reconstrução e recolonização. A recente erupção do Pico Pequeno (2014-2015) literalmente enterrou grande parte dela. É o caso de Portela e Bangaeira, as duas cidades mais importantes, onde moravam mais de 1500 pessoas. No entanto, o povo de Chã tem uma conexão tão profunda com essa área que alguns decidiram voltar e reconstruir as aldeias do zero.
No processo de reconstrução, Portela e Bangaeira abrigam a maioria das poucas instalações e serviços turísticos existentes no Parque Natural do Fogo, ao mesmo tempo em que reúnem um conjunto de atrações: um ponto de interesse cênico, arquitetura tradicional (juncos: currais de forma cônico), artesanato vulcânico, alimentos agro-alimentares (queijo e vinho) e outros elementos socioculturais únicos (pessoas em reconstrução, pessoas com cultura e características diferentes das outras cidades da ilha, música, tradições etc.). Como o historiador Alberto Nunes escreveu em sua obra Chã das Caldeiras: História, Cultura e Potenciais, as cidades de Chã das Caldeiras têm uma história longa, rica e bonita para contar, escrever e ensinar, com base em seus esforços para focalizar, adaptar, resistir e sobreviver em duras condições naturais, econômicas e sociais.
Estes sinais de identidade cultural são expressos especialmente durante as férias:
- Festa da Santa Cruz (3 de maio)
- Festa de São Pedro (29 de junho)
- Festa de Nossa Senhora da Rainha (2º domingo de julho),
- Festa de 2 de abril (em memória da erupção vulcânica de 1995).
Locais de interesse em Portela-Bangaeira:
- Visita à sede do Parque Natural do Fogo (PTS).
- Consequências da erupção de 2014.
- Lojas de artesanato.
- Casa do escultor “Tarzan”.
- Compra de produtos agroalimentares caseiros (queijo e vinho).
Experiências:
- Visite a sede do Parque Natural (PTS).
- A simples contemplação de nascer e pôr do sol.
- A contemplação do céu estrelado à noite.
- Compartilhe uma tarde da tarde com os habitantes locais. Por exemplo, na
- Casa Ramiro, eles geralmente começam a tocar e cantar, enquanto experimentam queijo de cabra acompanhado de vinho manecon.
- Observe e participe da colheita (julho-setembro).
Pico do Fogo (Pico Grande e Pico Pequeno)
Dentro do imenso anfiteatro de Chã das Caldeiras fica um enorme e jovem cone vulcânico com mais de mil metros de altura, cujo cume é o ponto mais alto da ilha e do arquipélago, a 2.829 m. O Pico do Fogo ocupa uma posição ainda mais excêntrica em relação à superfície da ilha do que a caldeira e seu flanco oriental desce diretamente em direção ao mar em uma inclinação de aproximadamente 32º. É o único vulcão ativo e uma das 7 Maravilhas de Cabo Verde (Winresources, 2013a).
Os objetivos mais comuns da visita ao pico, que só podem ser feitos a pé, são duplos: observar o interior da cratera do vulcão e apreciar a vista de todo o complexo vulcânico, que, como será entendido, é mais do que espetacular. É possível identificar claramente os vários episódios de vulcanismo na ilha e, se houver boa visibilidade, você também poderá ver outras ilhas no arquipélago. A experiência é avassaladora e intensificada pelo forte cheiro de enxofre que emana das fumarolas embutidas na encosta do vulcão.
Escalar o Pico do Fogo é uma experiência inesquecível que dura de 4 a 6 horas e exige a contratação dos serviços de um guia.
No link a seguir, você encontra boas descrições do que implica uma visita à “jóia da coroa” dos recursos turísticos de Huesca:
Miradouros na plataforma de Chã das Caldeiras
A impressionante paisagem do Parque Natural do Fogo pode ser apreciada em inúmeros pontos, sempre sob uma perspectiva diferente e surpreendente. Na base do grande vulcão truncado, na plataforma Chã das Caldeiras, foram selecionados dois pontos de interesse cênico (PIP) para incorporar na rota turística proposta [1]. No entanto, pode-se dizer que toda a base da caldeira é um enorme ponto de vista de 360º.[2]
Corral d’Asno (entrada do Parque Natural do Fogo)
Está localizado na entrada principal do parque. Na curva do Corral d’Asno, uma vista deslumbrante do Pico do Fogo e de outros cones adjacentes aparece (Monte Cadavez, Monte Laipo, Monte Orñlando, Monte Rendall, Monte Lorna, etc.) que, juntamente com com as lavagens e outros acidentes vulcânicos, eles fazem o visitante estremecer e intuir o que encontrarão dentro da grande cratera.
A partir deste ponto, você também pode ver vários currais (juncos) e espécimes da planta endêmica “língua de vaca” (Echium vulcanorum), símbolo do parque.
O sinal de boas-vindas convida a foto da lembrança, como uma “chamada de foto”.
Cruce a Cova Tina
A apenas um quilômetro e meio do PIP anterior, encontramos a junção Cova Tina. A partir daí, obtém-se outra perspectiva da paisagem anterior, embora os vulcões Beco e Lantisco venham à tona, com os grandes elementos ao fundo: o Pico do Fogo e a Bordeira.
[1] Na base da caldeira existem outros PIPs integrados a outras atrações selecionadas (Portela-Bangaeira, Pico Pequeño).
[2] Deve-se dizer que todos esses PIPs não possuem equipamentos do tipo gazebo. No entanto, é fácil encontrar faixas de beira de estrada para observar e tirar fotos.
Sede do Parque Natural do Fogo
Localizada em Protela, a sede do Parque Natural do Fogo é um edifício provisório de arquitetura pré-fabricada, construído pelo Ministério da Agricultura e Água após a erupção de 2014-2015, com o objetivo de abrigar as unidades de gestão do parque e outros serviços de caráter da comunidade.
Embora não tenha interesse patrimonial, as intervenções do Projeto SOSTURMAC o transformaram em um PTS que agrega valor agregado à oferta turística do Parque e da ilha do Fogo. Essas intervenções combinam energia renovável (energia solar fotovoltaica), eficiência energética, conforto climático interno, uso público e acessibilidade.
No que diz respeito às energias renováveis, o edifício possui um sistema solar fotovoltaico que cobre todas as necessidades de suprimento durante qualquer período do ano.
Em relação à eficiência energética, temos que:
- Os exteriores foram pintados com uma tinta ecológica com tecnologia de grafeno (NFC) e microesferas de vidro que criam uma temperatura agradável durante todo o ano e uma economia de energia apreciável dentro do local.
- Foram instaladas persianas de estrutura operável que proporcionam maior e melhor proteção contra a radiação solar e, portanto, uma redução na temperatura interior e no consumo de energia no ar condicionado.
- A eficiência do equipamento de iluminação foi aprimorada.
- Foi instalada uma estação MeteoINT com um aviso de desconforto e recomendações de ação para os usuários da sede.
Por outro lado, ações de condicionamento foram realizadas no exterior da sede, a fim de criar um espaço para uso público-turístico que, por sua vez, contribui para mitigar os efeitos climáticos na fachada oeste da sede. Para isso, foram instalados uma pérgola, um banco, uma área de recarga elétrica (para bicicletas e equipamentos eletrônicos) e pôsteres de grande formato com informações sobre os diferentes aspectos do parque. Com isso, foi gerada uma mini praça coberta, que permite o uso ao ar livre do local, mesmo quando fechado. Por outro lado, o acesso à sede foi adaptado com a incorporação de uma rampa. E, finalmente, a sede foi equipada com uma bicicleta elétrica para promover a mobilidade sustentável entre os visitantes e a possibilidade de seguir a rota de bicicleta proposta para Chã das Caldeiras.
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